No dia 11 de setembro passado, a agencia de noticias Reuters perdeu alguns funcionários no atentado ao World Trade Center, nos Estados Unidos. Um dos executivos da empresa, que tem escritório em Nova York, estava trabalhando em outro estado quando foi informado que um de seus subordinados havia morrido. Ele lembrou sem dificuldade o nome do profissional e os trabalhos que tinha realizado, mas, curiosamente, não conseguiu se lembrar de seu rosto. O executivo ficou consternado ao se dar conta do absurdo da situação – afinal, tratava-se de uma pessoa com quem convivia. Por isso, sua primeira providencia quando voltou ao escritório foi dedicar parte do tempo a uma conversa cara a cara com os outros funcionários. Fez isso para ter certeza de que não iria mais esquecer a fisionomia de nenhum deles. Essa historia faz parte de uma das palestras do americano Robert Pasick, psicólogo organizacional e professor da Escola de Negócios da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e é um triste retrato de como anda a relação entre chefes e subordinados em pleno século 21. “Não que esse executivo seja um mau chefe, mas é fundamental que um líder se preocupe de verdade com sua equipe”, diz Pasick.
Caçadores de Auto-estima
Eis o cenário ideal para o surgimento dos torturadores psicológicos, aqueles chefes que tratam seus subordinados como inferiores. “Esses maus lideres, cada um no seu patamar da pirâmide organizacional, se valem do antigo bordão “eu mando, você obedece”, e aniquilam a auto-estima das pessoas”, diz Margarida. De 1996 a 2000, ela fez um levantamento sobre os casos de humilhação no trabalho e chegou a uma triste conclusão: o assédio moral é uma realidade nas empresas brasileiras (para saber mais sobre o assunto, acesse o site www.assediomoral.org). Uma das muitas pérolas corporativas que a médica coleciona é o e-mail que o gerente regional de um conhecido banco brasileiro mandou a outros 19 gerentes, seus subordinados: “Basta! Quem não entregar a lição de casa não vai passar de ano. . . Se tivermos outro fracasso neste mês, os culpados serão vocês, que não souberam levar seus subordinados a realizar as metas. . .” Margarida conta também o caso do gerente de uma companhia aérea que tem o hábito de subir na mesa e chamar a equipe de “cambada de incompetentes” e o de empresas que demitem seus funcionários por telegrama ou em reuniões coletivas.
Donos da verdade
Errar é humano e lideres também poder cometer erros, certo? Certíssimo, mas muitos deles erram, sabem disso e mesmo assim se recusam a dar o braço a torcer, com medo de perder a autoridade sobre os subordinados. “O que eles perdem é o respeito da equipe. As pessoas sabem quando estão sendo enganadas”, diz Irene, da KPMG. Se você quer sinceridade dos seus funcionários, deve dar o mesmo a eles. Discurso e ação têm de ser rigorosamente iguais. Senão, pode dizer adeus à confiança da equipe.
Para corrigir padrões negativos de comportamento, encare a convivência entre chefe e subordinado como a relação entre dois seres falíveis. “Quando mais um profissional sobe na hierarquia, mais dependente se torna dos outros”, afima. Ou seja, você não é ninguém sem sua equipe e eles precisam do seu apoio para crescer profissionalmente. Como diz Mandelli: “É preciso ser um gestor além da hierarquia”. Então, estamos conversados?
Fonte: http://www.skywalker.com.br/artigos/gestao/manual.htm
Caçadores de Auto-estima
Eis o cenário ideal para o surgimento dos torturadores psicológicos, aqueles chefes que tratam seus subordinados como inferiores. “Esses maus lideres, cada um no seu patamar da pirâmide organizacional, se valem do antigo bordão “eu mando, você obedece”, e aniquilam a auto-estima das pessoas”, diz Margarida. De 1996 a 2000, ela fez um levantamento sobre os casos de humilhação no trabalho e chegou a uma triste conclusão: o assédio moral é uma realidade nas empresas brasileiras (para saber mais sobre o assunto, acesse o site www.assediomoral.org). Uma das muitas pérolas corporativas que a médica coleciona é o e-mail que o gerente regional de um conhecido banco brasileiro mandou a outros 19 gerentes, seus subordinados: “Basta! Quem não entregar a lição de casa não vai passar de ano. . . Se tivermos outro fracasso neste mês, os culpados serão vocês, que não souberam levar seus subordinados a realizar as metas. . .” Margarida conta também o caso do gerente de uma companhia aérea que tem o hábito de subir na mesa e chamar a equipe de “cambada de incompetentes” e o de empresas que demitem seus funcionários por telegrama ou em reuniões coletivas.
Donos da verdade
Errar é humano e lideres também poder cometer erros, certo? Certíssimo, mas muitos deles erram, sabem disso e mesmo assim se recusam a dar o braço a torcer, com medo de perder a autoridade sobre os subordinados. “O que eles perdem é o respeito da equipe. As pessoas sabem quando estão sendo enganadas”, diz Irene, da KPMG. Se você quer sinceridade dos seus funcionários, deve dar o mesmo a eles. Discurso e ação têm de ser rigorosamente iguais. Senão, pode dizer adeus à confiança da equipe.
Para corrigir padrões negativos de comportamento, encare a convivência entre chefe e subordinado como a relação entre dois seres falíveis. “Quando mais um profissional sobe na hierarquia, mais dependente se torna dos outros”, afima. Ou seja, você não é ninguém sem sua equipe e eles precisam do seu apoio para crescer profissionalmente. Como diz Mandelli: “É preciso ser um gestor além da hierarquia”. Então, estamos conversados?
Fonte: http://www.skywalker.com.br/artigos/gestao/manual.htm